O que é distanásia?

Não é novidade para ninguém que a medicina vem se reinventando e se transformando cada vez mais e juntamente a este progresso, a expectativa de vida da população mundial tende a aumentar na mesma medida. Dentre esses avanços, vários mecanismos de prolongamento da vida foram criados, técnicas que podem literalmente fazer um coração parado voltar a bater ou um doente em estado terminal receber manutenções que podem aumentar seu tempo de vida na terra.

            Mas junto aos avanços médicos, muitos questionamentos éticos também foram levantados pela sociedade, e a questão da distanásia não ficou fora da pauta. Esta, se trata exatamente do ato de prolongar o tempo de vida de um paciente em estado terminal, mas junto ao tempo, o sofrimento que ele sente também o acompanhará e mesmo que receba todos os cuidados paliativos é muito difícil fisicamente e psicologicamente para alguns lidarem com o fato de se estar encarando a morte cada dia mais de perto e ainda lidando com todos os sintomas de sua doença.

            É importante lembrarmos que nem todos os pacientes com doenças incuráveis estão dispostos a aumentarem seus tempos de vida se com isso terão de passar por mais dor durante seus dias finais, preferindo muitas vezes pela ortototanásia, a qual temos um post a respeito aqui no site. Entretanto, há aqueles que decidem utilizar sim do adiamento da morte através de métodos reanimatórios, seja para passar mais tempo com suas famílias, seja para se despedir do mundo de forma mais tranquila, enfim, cada um tem seus motivos. Essa é uma decisão que deve ser tomada pelo paciente individualmente, ou em casos específicos em que o enfermo não tem possibilidade de tomar uma decisão, a família é a responsável por tal escolha.

            Se a decisão do paciente for a favor da utilização da distanásia, este pode contar com a ajuda além de sua família e entes queridos, da incansável modernização da tecnologia médica que cada vez traz mais artifícios para contornar a morte, mas também vale ressaltar que há um alto custo para manter esses procedimentos em hospitais particulares e a necessidade de haver um acompanhamento psicológico profissional para manter a mente mais sã possível nesse momento tão difícil.